Salto

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou na quarta-feira, 10 de dezembro, a Assembleia Geral de 2025. Na ocasião, foi aprovado o orçamento para 2026, resultado de um estudo da nova gestão para otimizar os recursos, repassar um valor recorde de R$ 285 milhões às Confederações e garantir saúde financeira e um caixa consistente para a administração do comitê.

“Essa Assembleia foi uma prova de que estamos no caminho certo. Acreditamos numa gestão que possui compromisso de unir e aproximar todo o Movimento Olímpico das decisões que nos alavancam para um futuro melhor. E os resultados das votações comprovam isso. O esporte brasileiro sai fortalecido e mostrando para todos que está unido em torno de uma evolução esportiva e administrativa”, comentou o Presidente do COB, Marco La Porta.

Assembleia Geral do COB com presidentes das Confederações; img: Alexandre Loureiro

A Assembleia contou, além de La Porta, com Presidentes ou representantes das Confederações Olímpicas e Pan-americanas, Bernard Rajzman, membro brasileiro do Comitê Olímpico Internacional (COI), membros da Comissão de Atletas e dos Conselhos de Administração e de Ética, além dos diretores do COB, Emanuel Rego, Manoela Penna e Marcelo Vido, e da vice-presidente Yane Marques.

Numa apresentação do Diretor de Operações, Marcelo Vido, a diretoria do COB repassou as diretrizes que nortearam o desenho do orçamento para 2026, assim como comentou a revisão interna feita no início para o exercício de 2025, que previa um déficit de R$ 78 milhões. Sob a orientação do Presidente Marco La Porta, todas as tomadas de decisão focaram em alcançar um resultado operacional positivo ao mesmo tempo em que se mantinha o compromisso com o desempenho esportivo, como confirma o primeiro lugar no quadro de medalhas dos Jogos Pan-americanos Junior Assunção 2025.

“Trabalhamos com três pilares”, explicou Marcelo Vido. “Primeiro: ter um resultado operacional positivo. O segundo foi a manutenção da performance esportiva junto às Confederações. E com isso você pode investir na infraestrutura. De uma forma coletiva, integrada e colaborativa entre todas as gerências do COB, conseguimos sair de uma previsão de R$78 milhões negativos aprovados em dezembro de 2024 para um resultado positivo previsto de R$ 15 milhões ainda neste exercício de 2025”, explicou.

Esta abordagem será aplicada durante todo o ciclo de Los Angeles 2028. “É uma mudança de cultura. Este é o modelo que queremos adotar para os próximos anos. Então, este esforço feito em 2025 foi para garantir que o COB está saudável e vai se manter forte durante todo o ciclo olímpico”, afirma Vido.

E, claro, isto inclui o trabalho junto às Confederações, que para 2026 receberão um repasse recorde de R$ 285 milhões. “Este é o maior valor já repassado de recursos das Loterias porque entendemos que as medalhas são o nosso objetivo e, para isso, devemos trabalhar com as Confederações para atingir os melhores resultados possíveis”, completou.

A previsão de orçamento para 2026 é de R$ 678.600 milhões. O COB pretende investir, além do repasse de R$ 285 milhões das loterias, mais R$ 24 milhões entre Programa Olímpico de Patrocínio (POP) e programas de suporte diretamente nas Confederações, num total de R$ 309 milhões - que representam um aumento de 17% em relação ao aprovado no orçamento do ano anterior. Além disso, o COB ainda vai aplicar mais R$ 76 milhões nos programas de Preparação Olímpica, Preparação Pan-americana, de Transição e Base, Suporte a Jovens Atletas, Mulher no Esporte, Bases Internacionais e Projetos Especiais.

Estatuto

Além do orçamento para 2026, a Assembleia também aprovou uma reforma do Estatuto do COB, proposta pelo Conselho de Administração, resultado do primeiro grande processo de revisão estatutária desde 2019.

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Criado: 12 Dezembro 2025